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Quando se pensa em reggae, as imagens que vêm à cabeça são sol, praia, o pessoal dançando com roupas nas cores da bandeira da Jamaica e cigarrinhos “suspeitos” aqui e ali. Nem nos mais loucos devaneios dos criadores deste estilo musical, lá no Caribe dos anos 1960, haveria alguma associação disso tudo com os gelados países escandinavos. Pois uma turma de músicos nórdicos resolveu que neve combina com a batida do reggae, sim, e em 2004 teve início a cena de reggae na Islândia.
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A melhor forma de entender essa história é por meio das trajetórias das quatro bandas de reggae mais importantes do país, que superaram o ceticismo local, conquistaram um público fiel e agora se preparam para comemorar os 15 anos do gênero no país.
Liderada por Þorsteinn Einarsson (o irmão mais velho de Ásgeir), a banda foi a desbravadora que levou o reggae para a Islândia em 2004. O primeiro álbum, “Hljóðlega af stað”, foi recebido com um pouco de desconfiança: a crítica do caderno cultural do principal jornal do país, o "Morgunblaðið", trouxe como título “Islandeses tocando reggae? Mesmo?” e não foi muito gentil na sua avaliação. Mas assim que começaram as apresentações ao vivo, o público se entregou à batida caribenha com uma pitadinha de folk e o disco ficou nas paradas de sucesso do país por seis meses.
Animados, logo lançaram o segundo álbum, “Hjálmar”, mas precisaram dar um tempo: metade da banda era da Suécia e o trânsito estava ficando complicado. Voltaram só em 2007, com a formação definitiva: ao lado de Þorsteinn tocam Sigurður Halldór Guðmundsson, Guðmundur Kristinn Jónsson, Valdimar Kolbeinn Sigurjónsson e Helgi Svavar Helgason.
Então vieram “Ferðasót” (2007), “IV” (2009, gravado em Kingston, Jamaica), Keflavík Kingston (2010) e “Órar” (2011). De 2013 para cá, vêm lançando apenas singles, e cada um é mais bem recebido que o anterior.
O nome da banda é um joguinho de palavras: em islandês, o som seguido de “ojbarasta” significa que algo é nojento a ponto de merecer comentários. Mas a música que seus 11 integrantes fazem desde 2009 não tem absolutamente nada a ver com isso, pois é alegre, pra cima mesmo.
Depois de muitos shows e aparições em festivais do país, como o Iceland Airwaves, a Ojba Rasta lançou em 2012 seu primeiro álbum, com o nome da banda mesmo, e o segundo, “Friður”, no ano seguinte. De lá para cá não rolaram mais discos, mas os shows não param.
A banda surgiu em 2013 e se firmou rapidamente como responsável por alguns dos shows mais disputados fora do eixo do rock-pop de Reykjavik. Boa parte dessa popularidade entra na conta da vocalista Salka Sól Eyfeld, já famosa na cena de hip-hop islandesa (sim, a Islândia tem de tudo) e por ser atriz na série de TV “Trapped”, popularíssima por lá.
Embora muito ativa nos palcos, a AmabAdamA só lançou um álbum até hoje, “Heyrðu mig nú”, de 2014. Depois dele, veio o single “Hermenn”, em 2015, e é isso que a banda tem para apresentar. O público parece não se importar de ouvir as mesmas músicas desde então: os shows continuam lotando e todo mundo segue dançando esse reggae delicioso.
Eles não são exatamente uma banda, mas sim sete músicos que se encontram para tocar nos bares de reggae de Reykjavik, sem a obrigação de estarem todos juntos todas as vezes. Independentemente da formação da noite, o RVK é um acontecimento quando se apresenta.
Na Islândia, a aposta é que eles em breve se reúnam formalmente, lancem um álbum e se consagrem como banda. Ficamos de olho: é sempre legal conhecer os grandes nomes quando eles estão nesta fase embrionária.
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